Atitudes para inovação: como praticá-las sem “anunciar”

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Nestes tempos em que vemos diversas empresas tentando, de formas distintas, criar e/ou manter uma cultura de inovação, percebemos em maior ou menor grau a necessidade de desenvolver nos indivíduos e nas equipes as atitudes necessárias para ampliar as chances de gerar as inovações tão desejadas.

A nossa experiência e as reações positivas dos clientes com os quais temos trabalhado utilizando a Metodologia do Insight Pragmático® nos indicam que tais atitudes podem ser desenvolvidas através da prática de metodologias de resolução criativa de desafios como a M.I.P.®, cuja aplicação pode ser feita em diversos campos de mudança, como coaching, projetos de transformações culturais, estratégia e inovação.

A verdadeira linha da lucratividade é a receita, não o corte na carne. Significa priorizar não a manutenção do “status quo”, mas novos produtos, inovação em geral, venda de valor aos clientes e, por consequência, reinventar negócios, reinventar-se, correr riscos, entregar-se ao desconhecido, mesmo que de forma imperfeita.  Tal busca implica a necessidade de adaptar-se rapidamente, habilidade que só é conseguida por quem exerce a arte dos pensares criativo, inovador, crítico e estratégico. 

Assim, o aprendizado do processo de pensar está no cerne da gestão da inovação, para a qual, além do investimento em pesquisa e desenvolvimento, se necessita criar, desenvolver e manter uma ecologia que gere procedimentos e atitudes ampliados e elásticos, tais como a capacidade de esquecer, a vontade de destruir e repensar (ao invés de apenas “mudar” incrementalmente), a busca de originalidade, o entendimento sistêmico, a criação de possibilidades humanas, a sensibilização pessoal para o design, a beleza e os detalhes, a obsessão com a excelência e a “primeira linha”, a aversão à tolice das regras, a inquietação excitante, a tensão criativa enfim.

O grande desafio para as empresas e para quem trabalha com inovação é, portanto, como “internalizar” tais atitudes e pensamentos, algo que só se viabiliza através do aprendizado do processo que os gera. Sempre que se “anuncia” que seria necessário mudar as atitudes, o que se pode esperar é resistência à mudança. Claro que uma liderança decidida, que não aceita as costumeiras desculpas de pés mancos para justificar o mais do mesmo, pode ajudar, mas o “pulo do gato” está em mudar as atitudes sem dizer que se pretende mudá-las de fora para dentro.

A Metodologia do Insight Pragmático®, através dos seus exercícios e sua prática, atua exatamente sobre as atitudes e os processos cognitivos que produzem os pensamentos criativo e inovador, além do crítico e do estratégico, que, em resumo, poderia ser chamado de pensamento transformador, aquele que procura intervir no mundo e protagonizar mudanças ou inovações, já que vale lembrar que a inovação sempre envolve algum grau de mudança, mas nem toda mudança significa inovação.