Como falhar em inovação estratégica – continuação da estorinha
Na nossa postagem anterior, sobre “O Erro do CEO”, exploramos o fato de que, após ter e bancar uma grande ideia e identificar um ótimo líder, os maiores desafios para a inovação ainda estariam por vir. Pois é, experimentos estratégicos enfrentam a resistência mais dura quando eles começam a mostrar alguns sinais de sucesso, consumindo mais recursos e chocando-se com os elementos do negócio atual. E isso tende a ocorrer em vários níveis.
Ideias podem apenas levar a organização até esse ponto. Os líderes de qualquer novo negócio inovador não só devem identificar a grande ideia, mas também atrair financiamento, aprender rapidamente a partir do que deu certo e do que falhou, mobilizar as pessoas em torno de uma visão difusa de futuro, reorganizar para aproveitar as lições aprendidas e gerenciar as expectativas de desempenho em meio à confusão.
Características típicas presentes nas organizações estabelecidas apresentam ainda barreiras adicionais. Além dos cinco desafios que mencionamos acima, o líder deve também proteger o financiamento da nova iniciativa ou negócio, independentemente do desempenho do negócio atual; estabelecer novas normas e políticas organizacionais que façam sentido para o novo negócio; superar as tensões entre essas duas partes da organização quando as novas normas e políticas entram em conflito com as existentes; efetuar mudanças na estrutura de poder atual, de modo a suportar o novo negócio; engajar os funcionários do dia a dia no apoio a aqueles que estão trabalhando na nova iniciativa e recrutar gestores talentosos para trabalhar dentro do novo.
O grau de dificuldade gerencial é simplesmente muito alto e o “sistema imunológico” organizacional rapidamente entra em alerta máximo!
Certas pessoas engenhosas, criativas e altamente determinadas, sem dúvida podem superar tanto as grandes barreiras que confrontam qualquer experimento estratégico, quanto a organização como um todo que tende a combatê-las sem dó nem piedade! Porém essas pessoas são raras… As organizações são quase sempre mais poderosas do que os indivíduos. As empresas que realmente querem construir a capacidade de inovação estratégica não podem simplesmente contar com alguns poucos “empreendedores internos” que fariam tudo acontecer através de iniciativa própria.
O que fazer então?
A continuar…