1000 Bandas – Originalidade e Inspiração
Lou Reed, cantor, compositor e guitarrista , cujo trabalho com a banda Velvet Underground em 1960 teve uma grande influência sobre gerações de músicos de rock, e que continuou a ser uma poderosa e polarizante força para o resto de sua vida, morreu no domingo em sua casa em Long Island, NY. Ele tinha 71 anos e a causa foi uma doença no fígado. Ele havia feito um transplante neste ano e estava sendo tratado novamente até poucos dias atrás.
The Velvet Underground, que foi originalmente patrocinado por Andy Warhol e foi o veículo para a demonstração das letras de John Cale e Reed , teve um impacto gradual, mas profundo, no mundo alternativo do punk-rock alternativo em todo o mundo. Bandas como Joy Division, Talking Heads, REM e The Strokes, assim como artistas como Patti Smith e muitos outros podem ser considerados descendentes do Velvet.
Lou Reed tomou com confiança decisões artísticas que outros músicos não teriam sequer considerado. Segundo alguns críticos, ele era um primitivista estético com obsessões de áudio “high-end”. Ele entendeu o seu trabalho como uma forma de literatura , embora desconfiasse de letras pop excessivamente poéticas e, às vezes, suas guitarras distorcidas e bateria abafassem suas palavras. Além do Velvet, o trabalho solo ou em parcerias de Reed gerou músicas-ícones como “Walk on the Wild Side” e obras como “Songs for Drella”, um álbum com ele tocando guitarra e Cale no piano, no qual as músicas foram criadas para homenagear Warhol.
O compositor e produtor Brian Eno, em uma entrevista, muitas vezes citada, de 1982, sugeriu que, se o primeiro álbum do grupo, “The Velvet Underground & Nico”, vendeu apenas 1000 cópias (depois, ele “corrigiu” dizendo 30 mil cópias durante seus primeiros cinco anos) – um número provavelmente menor do que a realidade – “todos que compraram uma dessas cópias começaram uma banda”.
Certamente não foi um álbum best-seller, mas sem dúvida, mudou as coisas.
A mentalidade de escassez ou do ciclo da miséria nos impulsiona a querer dominar o mercado, para ser o único a vender o que nós vendemos. A alternativa da abundância, porém, é entender que muitos de nós vendem ideias e que elas são melhores quando usadas, e quanto mais elas se espalham, mais ideias elas geram.
Quantas “bandas” você inspirará hoje?